terça-feira, 25 de março de 2014

A solução do mistério: Guilherme de Faria, Alma Welt





Publicado em 15/05/2013

http://espacohumus.com/2013/05/guilhe...

Alma Welt, gaúcha, escritora , poetisa, movimento do pincel. Veio de repente, como um sopro, narradora de um conto paulistano. Nasceu a caminho de Nova Hamburgo, em um parto improvisado, e achou habitação no corpo de um homem. É alma dele. É alma de Guilherme de Faria.

A mulher que é psique do artista plástico nasceu em um momento de introspecção. Em meados de 2001, ele deixou o mercado das artes e se viu então possibilitado a voltar para talentos que por muito foram negados, como a escrita. No quarto conto que escreveu, foi tomado por uma escrita leve, prodigiosa, que fluia muito bem. Encantou-se pela narradora, Alma, que se manifestou por meio dele em pinturas e escritas por muito tempo.

Guilherme explica a presença de Alma Welt (que em tradução seria Alma do Mundo), recorrendo ao conceito dos gregos e romanos do que é a alma. Para esses antigos povos, tanto a alma dos homens quanto das mulheres era Psique , uma mulher. A dele é Alma, embora ele não tenha explicações para sua origem gaúcha. Ela é uma mulher que vive em um universo paralelo, mas que acontece dentro dele.

A recorrência da figura feminina em todas as suas pinturas, a leveza e a flutuação , são influências naturais da psique Alma. A mulher pálida e loura encarava árvores coloridas, caia como Ofélia, fitava bravamente o mar. Suas manifestações de existência eram a arte."


#Gente, que história! esse Guilherme é muito bom! Se vocês forem atrás de toda a obra literária da Alma Welt verão que são muitos e muitos escritos e muito bons!
 
Esclarecido o mistério, sigamos com a poesia de Alma Welt...

Despedida (de Alma Welt) 1.000

Está na hora, vou me despedindo...
Foi uma longa jornada toda em verso.
Cantei a vida, o bom e o lindo
E por algum soneto controverso

Não pedirei desculpas a vocês
Pois meu coração foi sempre puro
E não quis chocar o bom burguês
Nem bater cabeça contra o muro

Das opiniões e dos costumes
Pois quem sou pra amaciar o duro couro
Que não queira passar pelos curtumes?

A alma abri e ela mesma eu sou,
Preferi distribuir-me toda em ouro
Que as pérolas meu orgulho não deixou...

:]

Um comentário:

Ana disse...

eu não disse que era um heterónimo?:) adoro quando os homens incorporam uma alma feminina, é um grande desafio!
beijo